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Potencializando o valor da criatividade no Caribe com a PI

Março de 2024

Paul Omondi, escritor independente

Jihan Williams se considera uma caribenha multifacetada em razão de seu interesse pela arte, pelo ativismo e pelo direito. Sua paixão pelo direito de propriedade intelectual (PI) a catapultou para o comando do instituto de PI de São Cristóvão e Névis. Nesta entrevista, Williams fala sobre a importância da PI para o setor criativo e o crescimento econômico das Pequenas Antilhas e sua incursão no mercado editorial.

(Foto: cortesia de Jihan Williams-Knight)

Como você entrou na área de propriedade intelectual?

Meu interesse pela PI começou com meu amor pela arte e pelo entretenimento. Também fui influenciada pelo falecido Masud Sadiki, um músico muito popular no meu país. Foi ele que me incentivou a aprender sobre contratos musicais e royalties e a descobrir como o artista pode proteger seu trabalho e, ao mesmo tempo, se beneficiar dele. Sua paixão e fé me inspiraram a fazer um mestrado em direito de PI.

Qual a importância da PI para os jovens?

Os jovens são muito criativos e devem conhecer a PI para poder proteger sua criatividade e saber como gerar renda com ela. Por meio da PI eles podem prosperar sem precisar ter bens para dar como garantia ou muito dinheiro para começar, e isso é incrível. Sua imaginação e seu talento são o que importa, em qualquer idade. Também é importante que o jovem entenda como funciona o sistema de PI, para não violar os direitos de outros criadores ao utilizar a obra deles.

Os jovens são muito criativos e devem conhecer a PI para poder proteger sua criatividade e saber como gerar renda com ela.

Como a PI influenciou o cenário artístico de São Cristóvão e Névis?

Todo mundo aqui em São Cristóvão e Névis adora música. Temos muitos músicos talentosos e promissores. A PI vem exercendo uma influência cada vez maior no setor, principalmente em decorrência de casos envolvendo a violação de direitos de autor. O processo de plágio movido pelo espólio de Marvin Gaye contra Robin Thicke e Pharrell Williams, autor da música Blurred Lines, despertou grande interesse. No fim, decidiu-se que a música violava os direitos de autor de Marvin Gaye sobre a canção Got To Give It Up, de 1977. Nossos músicos têm se interessado pela PI por conta do surgimento deste e de outros casos parecidos na região. Os artistas de São Cristóvão e Névis nunca fizeram tantas perguntas como agora, o que é ótimo e facilita o nosso trabalho de sensibilização em torno da propriedade intelectual.

(Foto: cortesia de Omoj Williams)

Qual é o potencial da PI e do setor artístico para contribuir para o desenvolvimento econômico de São Cristóvão e Névis e do Caribe em geral?

O entretenimento é um setor muito forte no Caribe e temos muitos artistas talentosos, de DJs e músicos a compositores e produtores. O potencial da PI é enorme, e a região já começou a reconhecer isso. É por esse motivo que a chamada economia laranja é prioridade no Caribe e elemento importante da nossa agenda de desenvolvimento, especialmente pelas muitas oportunidades disponíveis para os jovens. Nossa função como instituto de PI é construir uma estrutura de PI vibrante para que nossos jovens e artistas possam florescer.

Nossa função como instituto de PI é construir uma estrutura de PI vibrante para que nossos jovens e artistas possam florescer.

Isso também se aplica a você. O que significa ser escritora para você?

Sou completamente apaixonada pela escrita. Incentivo os interessados a escrever e a proteger suas obras. Acredito que escrever é mais do que contar e documentar histórias. É também uma catarse. Depois que tive um aborto espontâneo aos 37 anos, comecei a escrever como forma de processar minhas emoções. Assim começou meu processo de cura.

(Foto: cortesia de Omoj Williams)

Fale sobre o seu livro.

O livro se chama Lifting the Weight of Miscarriage: Healing Insights for Pregnancy Loss Sufferers and the People Around Us (Aliviando o peso do aborto espontâneo: ideias de cura para quem sofre a perda de uma gestação e para as pessoas à nossa volta). É uma narrativa comovente da minha jornada após um aborto espontâneo no segundo trimestre de gestação. Nele partilho minhas experiências físicas, emocionais e espirituais e ofereço sugestões de cura para as pessoas e seus entes queridos que enfrentaram essa perda. Eu queria ajudar e orientar outras mulheres contando o que me ajudou durante aquele período doloroso. É inspirador ver o livro incentivar outras mulheres a compartilhar suas experiências. Também fico muito feliz em ver meu livro ajudando homens, ao lançar luz sobre a dor do aborto espontâneo que eles sofrem como pais.

Por que você optou pela publicação independente?

Eu segui esse caminho porque queria ter controle total do processo, desde o estilo de narrativa até o projeto de capa. Queria ser o mais autêntica possível ao contar e empacotar minha história, sem ter que ceder às exigências de uma editora. Outro fator importante é que eu tinha uma data definida para o lançamento do livro: 23 de novembro de 2022, quando se completou um ano da minha perda, em homenagem ao meu filho.

O que a motivou a fundar a editora Bouncing Daughter Publishing?

O nome é inspirado no apelido do meu pai, “Bouncing”. Bouncing Daughter é um tributo ao meu pai e reflete meu interesse por diferentes áreas, como a arte, a propriedade intelectual, o direito e o ativismo. Criei a empresa para atender às minhas ambições como escritora. Aprendi muito no processo, desde a colaboração com equipes de designers e editores até a aquisição de um ISBN (Padrão Internacional de Numeração de Livro), marketing e inclusão do livro na Amazon e no Kindle. Também estou cogitando lançar uma versão em audiolivro.

Você está preparando outro livro?

Atualmente estou amadurecendo a ideia de escrever um guia de PI simples e fácil de entender voltado para empreendedores. Depois disso, posso até pensar em escrever um livro infantil, para estimular as crianças a pensar na propriedade intelectual desde novas, já que pessoas de qualquer idade podem usar a PI para gerar renda com o seu trabalho. Crianças são muito criativas e estão sempre construindo e criando coisas. O objetivo é permitir que elas entendam os conceitos básicos da propriedade intelectual quando começarem a explorar seus talentos criativos. Precisamos de mais pessoas criando, e não apenas de consumidores.

A Revista da OMPI destina-se a contribuir para o aumento da compreensão do público da propriedade intelectual e do trabalho da OMPI; não é um documento oficial da OMPI. As designações utilizadas e a apresentação de material em toda esta publicação não implicam a expressão de qualquer opinião da parte da OMPI sobre o estatuto jurídico de qualquer país, território, ou área ou as suas autoridades, ou sobre a delimitação das suas fronteiras ou limites. Esta publicação não tem a intenção de refletir as opiniões dos Estados Membros ou da Secretaria da OMPI. A menção de companhias específicas ou de produtos de fabricantes não implica que sejam aprovados ou recomendados pela OMPI de preferência a outros de semelhante natureza que não são mencionados.