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SkinGourmet: em Gana, cosméticos comestíveis revolucionam o conceito de beleza

Junho de 2023

Matilda Frimpong, Divisão de Notícias e Mídia, OMPI

Quando o assunto é beleza, não faltam ingredientes que prometem rejuvenescer a pele: ácido hialurônico, vitamina C e retinol são alguns dos mais populares. Mas e se o segredo de uma pele bonita e saudável estivesse bem ali, numa prateleira da cozinha? Essa é a filosofia por trás da marca SkinGourmet, que pretende revolucionar a indústria de beleza com seus produtos orgânicos e comestíveis.

Violet Amoabeng, fundadora e CEO da SkinGourmet, pretende revolucionar a indústria de beleza com seus produtos orgânicos e comestíveis. (Foto: Cortesia da SkinGourmet)

Tudo começou quando Violet Amoabeng, fundadora da SkinGourmet, descobriu o poder de certos ingredientes naturais originários de Gana, seu país natal. “Eu estava procurando um produto para hidratar meus lábios, que estavam muito ressecados, e alguém recomendou o uso de uma manteiga de karité produzida localmente”, recorda ela. “Resolvi experimentar e fiquei impressionada com sua eficácia. Percebi, então, o extraordinário poder desse ingrediente natural e os tesouros que Gana tinha a oferecer”.

Em 2014, o que era uma simples ideia finalmente se tornou realidade: Violet criou sua empresa em Acra, capital do país, com um investimento inicial de apenas US$ 45 e o sonho de “Empoderar pessoas, com um pote de cada vez”.

Desde então, Violet Amoabeng testou outras matérias-primas originárias de Gana, como moringa, baobá e cacau. O resultado foi uma linha de produtos orgânicos que, além de cuidarem da pele, podem ser incorporados à alimentação. “Acreditamos que os produtos que usamos na pele devem ser suficientemente seguros para que possamos comê-los”, alega Violet Amoabeng. “Afinal, o organismo absorve esses produtos através dos poros”.

A SkinGourmet é muito mais do que uma marca de beleza. É um movimento social. Com o registro de marca – que protege a tipografia e o logotipo específicos da SkinGourmet, bem como as palavras “RAW. PURE. WILD.”, – Violet Amoabeng está construindo uma identidade comercial reconhecida por seu compromisso com o uso de ingredientes naturais e com a sustentabilidade, mas também com um modo de atuação que leva em conta o impacto social. Na página da SkinGourmet nas redes sociais, o engajamento concreto da empresa em prol desses princípios é muito claro, com um convite direto à comunidade na qual a empresa atua: “Amigo ganense, vá em frente e COMA o seu produto de beleza!”.

Com o registro de marca, a SkinGourmet está construindo uma identidade comercial reconhecida por seu compromisso com o uso de ingredientes naturais e com a sustentabilidade, mas também com um modo de atuação que leva em conta o impacto social (assista play_video no YouTube ao vídeo em que Violet Amoabeng, fundadora da SkinGourmet, conta a história da empresa). (Foto: Cortesia da SkinGourmet)

A propriedade intelectual da empresa vai muito além do logotipo. A técnica exclusiva desenvolvida pela SkinGourmet para a exploração de matérias-primas vegetais oriundas de Gana – como karité, baobá e cacau – resultou na produção de uma gama de cuidados da pele isentos de conservantes, parabenos e fragrâncias artificiais. Mas atenção: embora os ingredientes possam ser facilmente encontrados na natureza, a fórmula dos produtos é guardada a sete chaves, como um segredo comercial.

O cuidado da SkinGourmet com a questão da propriedade intelectual tem valido a pena em muitos aspectos. Ao criar uma sólida identidade de marca a partir de uma única loja, a empresa também contribui para preservar a herança cultural e a propriedade intelectual dos agricultores locais que fornecem a matéria-prima.

“O registro de propriedade intelectual não se limita à proteção da marca, ele abrange também as comunidades com as quais trabalhamos”, explica Violet Amoabeng. “Queremos que os produtores que cultivam esses ingredientes extraordinários recebam uma remuneração justa e que sua herança cultural seja preservada. Não vamos nos deixar arrastar pela onda do consumismo, temos o dever de preservar nosso patrimônio cultural”.

O registro de propriedade intelectual não se limita à proteção da marca, ele abrange também a proteção das comunidades com as quais trabalhamos.

Violet Amoabeng
Os cosméticos orgânicos da SkinGourmet são bons
para a pele, mas são também comestíveis!
(Foto: Cortesia da SkinGourmet)

A empresa ganense mostra também um firme compromisso com a sustentabilidade.

Prova disso é que a SkinGourmet utiliza embalagens ecológicas em todos os seus produtos. Trabalhando diretamente com agricultores locais que fornecem a matéria-prima, a empresa estimula a economia local, dinamizando as cadeias de valor e promovendo métodos sustentáveis de produção agrícola.

Atualmente, a SkinGourmet emprega um pouco mais de dez funcionários e exporta seus produtos para mais de 25 países. Seu produto de maior destaque, o SkinGourmet Raw Shea Butter, é fabricado com manteiga de karité com alto grau de pureza e figura entre os produtos preferidos de quem entende de beleza.

Mas então... Que sabor têm os cosméticos comestíveis?

Fizemos um teste com a manteiga de karité SkinGourmet. Com textura espessa e cremosa, ela tem um delicado sabor de nozes, semelhante ao da manteiga de amêndoas, mas com uma pitada de coco. Embora não seja o caso de degustar o produto como sobremesa, o fato de que ele seja suficientemente seguro para ser ingerido comprova a pureza dos ingredientes utilizados pela SkinGourmet.

Com a crescente valorização da sustentabilidade e da transparência na indústria de beleza, a SkinGourmet tem conquistado um lugar de destaque entre os cosméticos sustentáveis na África Subsaariana. Ao mostrar que os ingredientes naturais e orgânicos são tão (ou mais) eficazes que seus equivalentes sintéticos, a SkinGourmet vem estabelecendo novos padrões em relação ao que devemos buscar nos produtos para o cuidado da pele. Ou seja, da próxima vez que você for usar um creme hidratante, faça esta pergunta: eu poderia comer este produto?

A Revista da OMPI destina-se a contribuir para o aumento da compreensão do público da propriedade intelectual e do trabalho da OMPI; não é um documento oficial da OMPI. As designações utilizadas e a apresentação de material em toda esta publicação não implicam a expressão de qualquer opinião da parte da OMPI sobre o estatuto jurídico de qualquer país, território, ou área ou as suas autoridades, ou sobre a delimitação das suas fronteiras ou limites. Esta publicação não tem a intenção de refletir as opiniões dos Estados Membros ou da Secretaria da OMPI. A menção de companhias específicas ou de produtos de fabricantes não implica que sejam aprovados ou recomendados pela OMPI de preferência a outros de semelhante natureza que não são mencionados.